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Imóvel com subsídio: chegou a vez da classe média

Publicado em 03 de Julho de 2023 às 09:06 AM

Você certamente vem acompanhando as novidades sobre o Minha Casa Minha Vida, que deve trazer novidades importantes em breve. Como veículo de referência do mercado imobiliário e em contato direto com fontes que acompanham a tramitação do projeto, nosso papel é ir além da frieza do texto que aguarda a sanção do presidente. Vamos, portanto, trazer um pouco mais sobre as percepções do mercado.

Primeiro, é essencial dizer que muitas construtoras já comemoram a nova faixa 1. São imóveis de ticket menor, que devem chegar até R$ 170 mil. Estes não passam pela mão de imobiliárias e corretores de imóveis, mas são contratados e 100% subsidiados pelo governo para atender a famílias com maior vulnerabilidade. Em grande quantidade, isso garante um importante fluxo de caixa para o setor de construção, que vinha machucado com o custo dos insumos e, não por acaso, desacelerando lançamentos.

A faixa 1 ainda deve contar com novidades importantes que mudam a dinâmica do mercado, levando empreendimentos menores para regiões mais próximas dos centros das cidades, facilitando o acesso aos equipamentos públicos. 

Outro ponto que faz o imobiliário esfregar as mãos é a abertura para os bancos privados e sinalização de que imóveis de até R$ 350 mil poderão ser contemplados no programa (o que pode chegar até R$ 500 mil futuramente). Isso porque, pelos planos do programa, está desenhado um tripé de sustentação do crescimento, com aumentos de teto de avaliação, subsídio e aumento da faixa de renda elegível para o programa. Juros reduzidos e subsídios para imóveis destes perfis podem mudar o jogo.

“Podemos estar diante de um período como nunca visto no mercado imobiliário. O Brasil tem um déficit habitacional enorme e toda movimentação que acontece no crédito faz o mercado ter uma explosão de negócios. Essas novidades fazem surgir um grande potencial”, diz Guilherme Diamante, CEO da Squad Realty, que atua em contato direto com dezenas de incorporadoras de todo o país, em análise para o Imobi Report.

Por fim, outro grande diferencial do novo MCMV é a inserção da classe média, historicamente menosprezada pelos programas habitacionais. “Quem está na base da pirâmide já tinha subsídio no antigo MCMV. Quem está no topo da pirâmide não precisa de subsídio. Contemplar um público inédito e numeroso é uma mudança e tanto”, pontua Diamante.

Obviamente, tudo isso depende não somente das intenções do novo MCMV. O contexto político e macroeconômico necessita de maior estabilidade para que, além da demanda do público e da capacidade construtiva, seja possível pagar a conta.

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